segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A LÓGICA DO(NO) TEXTO

GESTAR II - ITUPORANGA
Profª . Jociara Sardo
Cursistas:
Kellin K. K. Knaul
MariA Ap. Kreisch
Ricardo L. Mees
Rosemary Ap. Barg

Data: 17 de agosto de 2009

TP5 – Unidade 20 – Pág. 196 – Seção 1

RELATÓRIO



Por sabermos que texto não é um simples amontoada de frases, ele precisa estabelecer sentido para que o leitor possa organizar suas ideias de acordo com o escritor.
Sabemos que esta não é uma tarefa fácil para nós, professores, que estamos a todo momento nos deparando com alunos que não gostam e não sabem ler, preferindo, em sua grande maioria, textos prontos, mastigados e fáceis.
Porém, a mídia (propagandas, placas, slogans...) estando cada vez mais complexa, nem sempre consegue levar o leitor a reconstruir o mesmo raciocínio do escritor principalmente quando estas são elaboradas somente por setas, figuras, fotos , caricaturas entre outros. Neste sentido é imprescindível que as informações textuais tenham significado para o leitor e que este, possa tirar conclusões óbvias a respeito do que está diante de si.
Sabendo que a escola é, muitas vezes o único meio de esclarecimento e conhecimento, não podemos deixar perder-se a trajetória de busca de informações necessárias aos bons leitores, usando para isso, textos diferentes, atrativos e porque não dizer, enigmáticos.
A questão é: o que fazer para que isto aconteça, ou seja, como levar os alunos a “querer” ler e entender os textos?

ATIVIDADE:

Nossa proposta é levar aos alunos textos criativos e diferentes dos costumeiros trabalhando a ALITERAÇÃO: figura de linguagem que consiste em repetir consoantes, vogais ou sílabas num verso ou numa frase; pode ser empregada em prosa, especialmente em frases curtas.

Apresentamos o texto: “SÓ A LETRA “P” (Chico Anysio) (anexo)
Após lermos em voz alta, peço que comentem.
A princípio, o texto não é de fácil entendimento, principalmente por não ter parágrafos e preocupar-se exclusivamente com a aliteração em “p”.
Aos poucos, fazemos os questionamentos, e percebi que com a indução, os alunos viram que trata-se de uma crônica, mas para isso deve ser reescrito, usando elementos coesivos e outras palavras que definam melhor o que o autor pretendia mostrar.
Isso feito, peço que usem o dicionário e pesquisem todas as palavras desconhecida.
Próximo passo, reescrever o texto, em prosa, gênero crônica.

RESULTADO:

Na aula seguinte, pedi que todos lessem e comentassem as dificuldades e a maioria disse que precisou ler várias vezes até compreender para depois interpretar e então usar os argumentos lógicos para construir o texto.
Um outro ponto positivo, foram as pistas que eram intrigantes e o autor não as deixou explícitas, precisando assim, de várias leituras prévias. Foi uma atividade muito produtiva, dinâmica e percebi entusiasmo dos alunos, porém, o mais importante, foram os textos bem elaborados e coerentes reforçando assim, que atividades diferentes despertam o interesse e há aprendizagem.
ANEXO
ALITERAÇÃO

Só a letra P...

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ASSIM...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor Português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar Panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profunda privação passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... - Preciso partir para Portugal por que pedem para prestigiar patrícios Paulo. - Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: - Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia.
Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitistes, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeito: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaus, piabas, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar.
Pensei. Portanto, pronto: Pararei!
E há quem se ache o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma."!

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